quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Caminhos...

Percorro o caminho que alguém traçou para mim. Posso não concordar com ele, posso esbracejar, posso protestar... mas tenho que o percorrer. Deixei de olhar para trás... Os olhos sempre fixos na linha do horizonte. Prossigo na pressa de percorrer o caminho traçado... na pressa de chegar a lado nenhum.

Essa pressa...

Nada nem ninguém me detém...

Prossigo apenas...

Não perco tempo com o que devia ser, com o que é...

Não questiono...

Apenas sei que não quero estar parado...

Se hoje chove, amanhã o sol brilhará... Tudo nesta vida tem uma dualidade e uma razão de ser. Sigo em passo ligeiro e com uma energia que não sabia possuir... esqueço o cansaço e empunho a esperança... almejo o horizonte como se o amanhã fosse a maior falácia de sempre...

Cada dia tem a sua própria essência...

Cada pôr do sol carrega em si a esperança de um novo dia...

O caminho está traçado...percorro-o... sem olhar para trás

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pequenos grãos de areia...

Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não pára de mudar de direcção. Tu mudas de rumo, mas a tempestade de areia vai atrás de ti. Voltas a mudar de direcção, mas a tempestade de areia persegue-te, seguindo no teu encalço. Isto acontece uma vez e outra e outra, como uma espécie de dança maldita com a morte ao amanhecer. Porquê? Porque esta tempestade não é uma coisa que tenha surgido do nada, sem nada que ver contigo. Esta tempestade és tu. Algo que está dentro de ti. Por isso, só te resta deixares-te levar, mergulhar na tempestade, fechando os olhos e tapando os ouvidos para não deixar entrar a areia e, passo a passo, atravessá-la de uma ponta à outra. Aqui não há lugar para o sol nem para a lua; a orientação e a noção de tempo são coisas que não fazem sentido. Existe apenas areia branca e fina, como ossos pulverizados, a rodopiar em direcção ao céu. È uma tempestade de areia assim que deves imaginar.

Haruki Murakami in "Kafka à beira-mar"

Regresso de algo que nunca foi....

Depois de reactivar o blog a ideia ainda ficou a marinar durante algum tempo... Volto ou não volto a escrever?

Decidi que independentemente das voltas que a vida dá ou das voltas que nós pensamos que ela dá (fica a dúvida) nunca devemos deixar de fazer o que gostamos...porque os outros são importantes, mas nós também.

Continuo a acreditar... na íntegra em tudo o que acreditava quando criei pela primeira vez o blog... mas desta vez em paz com o passado... comigo... Porque o passado está finalmente onde merece!!!!

O "Porque Ainda Acredito" é assim oficialmente reactivado... Em paz!!!!